A cada renovação de contrato, muitas pessoas se deparam com reajustes elevados nos planos de saúde, tornando o acesso a um atendimento médico de qualidade cada vez mais difícil.
Esse aumento constante pesa no orçamento das famílias e preocupa tanto quem já possui um plano quanto aqueles que desejam contratar um.
Com a inflação no setor da saúde, a ampliação dos custos operacionais e o envelhecimento da população, os valores das mensalidades seguem em alta, levando muitos consumidores a repensarem suas opções e, em alguns casos, até a desistirem da cobertura.
Neste artigo, vamos abordar os principais fatores que impulsionam essa alta nos preços, o impacto para os beneficiários e as alternativas disponíveis para quem busca manter a proteção sem comprometer tanto as finanças.
Continue lendo e confira!
O cenário dos reajustes nos planos de saúde e seus impactos
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) anunciou, no último semestre de 2024, um reajuste de 6,91% nos planos de saúde individuais e familiares.
Esse aumento, válido entre maio de 2024 e abril de 2025, divulgado pela Agência Brasil, representa um desafio a mais para quem busca cuidar da saúde sem comprometer o orçamento.
Atualmente, cerca de 8 milhões de pessoas possuem esse tipo de cobertura (familiares e individuais), desde que firmada após 1º de janeiro de 1999, representando 15,6% dos 51 milhões de usuários de planos de saúde no Brasil.
Já os demais 84,4% estão vinculados a planos coletivos, sejam empresariais ou obtidos por meio de associações, cujos reajustes não são regulados pela ANS.
Principais causas do aumento dos planos de saúde
Um dos principais fatores que impulsionam o aumento dos planos de saúde é a alta nos custos médicos e hospitalares.
O avanço da tecnologia na área da saúde trouxe tratamentos mais sofisticados, mas também mais caros, elevando as despesas das operadoras.
Além disso, a inflação instável reflete nos custos de medicamentos, equipamentos, exames e honorários médicos, que sofrem constantes reajustes.
Outro ponto relevante é o envelhecimento da população. Com o aumento da expectativa de vida, cresce também a demanda por serviços médicos, internações e tratamentos prolongados, o que gera um impacto direto nos custos dos planos.
Além disso, o aumento da judicialização da saúde, com decisões que obrigam as operadoras a cobrir procedimentos não previstos em contrato, contribui para os reajustes, já que essas despesas acabam sendo repassadas para todos os beneficiários.
Impactos do aumento dos planos de saúde
O aumento dos planos de saúde tem gerado preocupação entre os brasileiros, que enfrentam dificuldades para manter a cobertura sem comprometer o orçamento.
Com reajustes cada vez maiores, muitas famílias precisam reavaliar suas prioridades, o que afeta diretamente o acesso à saúde e a economia do país.
Entre os principais impactos, estão:
1. Diminuição dos planos de saúde
Os reajustes constantes reduzem a acessibilidade aos serviços privados, levando muitos beneficiários a cancelarem seus planos ou buscarem alternativas mais baratas.
2. Dificuldade de acesso à saúde para a população
Com os preços mais altos, parte da população fica sem assistência médica contínua, o que pode resultar em diagnósticos tardios e agravamento de doenças.
3. Endividamento das famílias
Para manter o plano de saúde, muitas famílias precisam reorganizar suas finanças, cortando gastos essenciais ou até contraindo dívidas para arcar com as mensalidades.
4. Aumento da procura por serviços públicos de saúde
Com a saída de beneficiários dos planos privados, cresce a demanda por atendimento no SUS, sobrecarregando ainda mais o sistema público, que já enfrenta limitações.
5. Impacto na economia do país
O aumento dos custos com saúde afeta tanto consumidores quanto empresas, reduzindo o poder de compra das famílias e impactando setores como comércio e serviços.
Uso consciente do plano: como evitar desperdícios e gastos desnecessários?
No atual cenário, usar o plano de forma consciente é fundamental para evitar desperdícios e gastos desnecessários.
Além de economizar dinheiro, essa prática contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde e garante que você tenha acesso aos serviços quando realmente precisar.
Veja algumas dicas:
1. Conheça seu plano
Entenda quais são os serviços cobertos pelo seu plano, quais são as suas opções de atendimento (consultas, exames, internações), quais são os prazos de carência e como funcionam os mecanismos de coparticipação e franquia, se houver.
3. Faça um acompanhamento médico regular
Ter um médico de confiança para acompanhar sua saúde de forma preventiva é a melhor forma de evitar gastos com doenças e tratamentos complexos.
O médico pode te ajudar a manter hábitos saudáveis, identificar problemas de saúde precocemente e indicar os exames e tratamentos mais adequados para o seu caso.
5. Compare preços e coberturas
Antes de contratar um plano de saúde, pesquise e compare os preços e as coberturas de diferentes opções. Leve em consideração as suas necessidades e o seu perfil de uso dos serviços de saúde.
6. Negocie os reajustes anuais
Não aceite o reajuste do seu plano de saúde automaticamente. Negocie com a operadora e busque alternativas para reduzir o valor da mensalidade, como mudar para um plano com cobertura mais restrita ou utilizar programas de fidelidade e descontos oferecidos pela operadora.
7. Utilize a telemedicina
A telemedicina é uma opção cada vez mais comum e pode ser utilizada para consultas médicas, acompanhamento de pacientes e até mesmo para a realização de alguns exames.
Além de ser mais cômoda e prática, a telemedicina pode ser mais econômica do que as consultas presenciais.
8. Adote hábitos saudáveis
A prática de atividades físicas, a alimentação equilibrada e o sono de qualidade são fundamentais para manter a saúde em dia e evitar gastos com doenças.
Como encontrar alternativas mais baratas na saúde?
Com os planos de saúde cada vez mais caros, muitas pessoas buscam alternativas para continuar acessando serviços médicos de qualidade sem comprometer o orçamento.
Uma opção que tem ganhado destaque são os cartões de benefícios de saúde, que oferecem descontos em consultas, exames e procedimentos, sem a necessidade de contratação de um plano tradicional.
Eles funcionam como uma rede de parcerias, permitindo que os usuários paguem valores reduzidos aos profissionais e clínicas credenciadas, tornando o atendimento mais acessível.
Além dos cartões de benefícios, algumas clínicas populares e redes de atendimento particular oferecem preços reduzidos para quem não possui planos de saúde, facilitando o acesso a consultas e exames.
Essas opções são especialmente vantajosas para quem precisa de acompanhamento médico esporádico ou deseja evitar longas esperas no sistema público.
Se você quer conhecer mais formas de economizar e garantir um atendimento rápido sem depender de um plano, confira agora mesmo nosso artigo sobre como pagar menos por consultas médicas e obter atendimento ágil.